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Na primeira semifinal, as atuais campeãs enfrentaram as vice-campeãs da temporada passada. Ainda havia um atrativo a mais, Lili x Bárbara Seixas, parceiras na seleção, mas que voltam a formar seus times com Rebecca e Ágatha, respectivamente. E foi um grande jogo. Depois de perderem o primeiro set por 21/18, a capixaba e a cearense devolveram a mesma parcial no segundo, levaram a partida para o tie break e venceram por 15/11. Uma felicidade que foi difícil de ser contida após o último ponto.
“A gente veio para essa etapa quase sem treinar, mas com muita vontade e concentradas demais. Nosso foco nesse torneio era para que nada pudesse nos atrapalhar. Para chegar a essa final e até, quem sabe, sermos campeãs, estamos juntas o tempo todo, dentro e fora de quadra”, disse Lili, que fez questão de dividir sua alegria com o que ela chama de terceiro jogador. “A galera nos ajudou muito. Adoro torcida, tento sempre trazê-la para jogar com a gente. Ela faz o espetáculo com os atletas.”
A jovem Rebecca, de apenas 20 anos, uma das mais novas do Circuito, tinha um sentimento de dever cumprido que se aflorava com mais intensidade. Tudo porque ela deixou a seleção e sofreu com as críticas. No tempo em que ficou afastada, jogou duas etapas Challenger do Circuito Banco do Brasil, além de etapas do Sub-21 e do Sub-23. Todo um período que serviu para pensar, se concentrar e se preparar para o mais forte e mais importante campeonato de vôlei de praia do país.
“Quando saí da seleção, sofri pressão de todos os lados, mas tive o apoio da minha família. Acabei focando muito nesse Open, jogando algumas etapas para me manter com ritmo. Não sei se as pessoas perceberam, mas joguei concentrada demais. Estava muito difícil de Bárbara e Ágatha me marcarem. Minha auto-estima aumentou muito. Se seremos ou não campeãs, não sei, mas terão que sofrer para nos derrotar”, desabafou Rebecca. Nas quartas, ela e Lili bateram Val/Ângela (RJ/DF) por 2 a 1 (16/21, 21/12 e 15/11).
Um jogo desgastante seguido de uma atuação impecável
Na outra semifinal, Talita e Taiana se mostraram inspiradas. E tudo isso depois de um jogo desgastante pela manhã, válido pelas quartas de final, quando venceram as irmãs cariocas Maria Clara e Carol em três sets, num total de 1h14m de partida. Só o tie break durou longos 32 minutos, fechado em 31/29. Na luta por uma vaga na decisão contra Juliana/Maria Elisa (CE/PE), uma atuação impecável e a vitória por 2 a 0, parciais de 21/14 e 21/17.
“Depois de uma partida muito difícil pelas quartas de final, chegamos na semifinal com um ritmo bem forte. E fizemos nossa melhor partida nessa etapa. Funcionamos muito bem no saque, na defesa e no bloqueio. Conseguimos anular o jogo delas, que, apesar de não estarem tão entrosadas, são fortes demais”, comentou Taiana, que dedicou a vitória a uma pessoa que está diretamente ligada à dupla. “Hoje é aniversário da Virna. Ela nos pediu de presente uma vaga na final. Está aí”, vibrou.
A disputa pelo terceiro lugar entre Ágatha/Bárbara Seixas e Juliana/Maria Elisa será realizada às 9h deste domingo, numa das três quadras externas montadas na Praia do Pina.
