A dupla foi formada recentemente na seleção brasileira e teve poucos dias para treinar. Mas a experiência de Emanuel e a força e juventude de Evandro levaram a parceria a um honroso vice-campeonato no Grand Slam de Moscou (RUS) do Circuito Mundial, neste DOMINGO (25.08). E a capital russa ainda viu Ricardo e Álvaro Filho conquistarem o bronze, ganhando uma importante posição no ranking.
Na semana que antecedeu o oitavo Grand Slam da temporada, o jovem Evandro, de apenas 23 anos, chegou a comentar que daria o máximo de si para conquistar um título ao lado de Emanuel, jogador que sempre admirou. Mas nem ele mesmo poderia imaginar que chegaria a uma final com o veterano atleta de 40 anos logo no primeiro torneio juntos. E mais: atingia sua segunda decisão consecutiva de Grand Slam, depois do título em Berlim com o parceiro Vitor Felipe.
“Sinceramente, não imaginava chegar a duas finais seguidas de Grand Slam. Mas, obviamente, estou muito feliz, especialmente por chegar a uma final ao lado do Emanuel. É uma sensação maravilhosa”, disse Evandro, logo após a semifinal.
Depois de derrotarem os austríacos Petutschnig e Horst nas semifinais por 2 a 0, de virada, parciais de 16/21, 21/17 e 15/12, Emanuel e Evandro sabiam que poderiam chegar ainda mais longe, apesar de terem a consciência da dificuldade que seria encarar os letões Janis Smedins e Samoilovs, que tinham acabado de bater Ricardo e Alvinho na outra semifinal. Mas eram eles, os brasileiros, os únicos que chegavam até ali com 100% de aproveitamento nas areias russas.
“Sinto-me muito bem por voltar a uma final no Circuito Mundial. Cada vez que jogo com um novo parceiro, tento fazer algo diferente. Tentei dar o meu melhor ao lado do Evandro e acho que fizemos um ótimo trabalho. Não é fácil jogar com este tempo frio, por isso é ainda mais gratificante ganhar”, comentou Emanuel.
Evandro, do alto de seus 2,10m, logo tratou de mostrar aos letões que a nova dupla estava ali para conquistar o título. Os dois primeiros pontos foram em dois seguidos bloqueios desse gigante carioca. Mas, aos poucos, Janis Smedins e Samoilovs entraram no jogo, tomaram a dianteira do placar, mostrando uma incrível força física e muita técnica, fechando o primeiro set em 21/17.
A história se repetiu no segundo set, com os brasileiros cometendo alguns erros de saque e de ataque, e a dupla da Letônia fechou o jogo com um 21/16. Justamente nas areias onde Emanuel conquistou as duas últimas etapas, em 2011 e 2012, ao lado de Alison. E justamente numa data especial. Há exatos noves anos, ele conquistava a inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Atenas/2004, ao lado de Ricardo.
Brasil também é bronze em Moscou com Ricardo e Álvaro Filho
Álvaro Filho e Ricardo |
E por falar em Ricardo, havia a chance de a final em Moscou ser brasileira. Afinal, ele e Álvaro Filho estavam na outra semifinal. Porém, acabaram derrotados pelos letões por 2 a 0, parciais de 21/14 e 21/19. Mas ainda tinha pela frente a disputa pelo bronze. Um jogo que valia muito também, para melhorarem ainda mais a pontuação no ranking e continuarem sonhando com o título da temporada.
Mesmo depois de uma frustrante derrota no jogo anterior, eles entraram focados para garantir o terceiro lugar, completar o pódio na capital russa e somar mais 640 pontos. Venceram com sobras os austríacos Petutschnig e Horst por 2 a 0, parciais de 21/15 e 21/14, e subiram da quarta para a terceira colocação no ranking, atrás apenas dos letões Janis Smedins e Samoilovs e dos líderes Bruno Schmidt e Pedro Solberg.