Santista Juliana comemora com Maria Elisa a vaga na final |
Jogando no quintal de sua casa, já que nasceu na vizinha Santos (SP), onde morou até os sete anos, Juliana teve o carinho da torcida local e, mais do que isso, de parentes e amigos que se deslocaram para apoiá-la. E era nítida a felicidade da atleta, que, a cada bola no chão, apontava para eles e vibrava demais. E foi essa força extra a responsável por fechar um difícil primeiro set em 23/21. No segundo, um mais tranquilo 21/11.
“É especial jogar com tantos parentes e amigos na arquibancada torcendo por mim. Tem gente que joga pressionado diante da família, mas eu não. Eu me sinto até mais solta e feliz em quadra”, disse Juliana, que fez questão de relatar todos os presentes da família Felisberta da Silva, a começar pelos pais (José e Maria), duas irmãs, cunhados, sobrinhos e uma de suas melhores amigas, Camila, praticamente uma outra irmã.
A dupla com Maria Elisa, formada logo após o fim da vitoriosa parceria com Larissa, só subiu ao lugar mais alto do pódio uma única vez, justamente na primeira etapa que jogaram juntas, em janeiro, em Fortaleza (CE), ainda pela temporada 2012/2013. Fato que chega a incomodar Juliana, que diz sentir saudade de ser campeã, coisa tão natural em sua carreira – só do Circuito Banco do Brasil ela tem cinco títulos.
“Se depender da minha vontade... Tem sido um ano de muito aprendizado e paciência pra mim. Estou entrando em todas as etapas muito forte e focada. Mas sei que posso ir muito além do que joguei nessa semifinal. Existe esse jejum de dez meses sem um título e farei de tudo para conquistá-lo aqui no Guarujá”, afirmou Juliana, que, ao lado de Larissa, foi campeã no mesmo local na edição 2011.
Atuais campeãs brasileiras mostram força e voltam a uma final
Já as atuais campeãs brasileiras estão em franca ascensão. Depois de um quarto lugar na primeira etapa, em Recife (PE), e dois terceiros lugares, em Vitória (ES) e no Rio de Janeiro (RJ), Ágatha e Bárbara Seixas chegam, enfim, à primeira decisão na atual temporada. Na semifinal neste SÁBADO (16.11), a dupla mostrou toda sua força ao vencer Lili/Rebecca (ES/CE) por 2 a 0, parciais de 21/17 e 21/14.
“Chegamos às três últimas semifinais, mas perdemos e disputamos o bronze. Batemos na trave. O diferencial só vem mesmo com o tempo, pois, como tenho dito, ficamos separadas na seleção durante boa parte do ano. Conseguimos nos classificar para a decisão com muita paciência e estudando demais os outros times. Essa edição está muito mais nivelada, tanto que será a quarta final diferente”, avaliou Ágatha.
A paranaense fez uma rápida análise sobre o que esperar da final contra Juliana e Maria Elisa. Aliás, as duas duplas se enfrentaram uma única vez numa decisão. Foi na temporada passada, em João Pessoa (PB), onde Ágatha e Bárbara Seixas venceram por 2 a 1 e, ali, arrancaram rumo ao título da edição 2012/2013.
“A Juliana está jogando superbem, é nítido o seu crescimento. Quanto à Maria Elisa, eu a conheço muito bem, pois jogamos juntas o Circuito Mundial esse ano. Da mesma forma, ela também tem muitas informações sobre mim. Tenho certeza de que será um jogo igual e disputado. A gente espera fazer um grande espetáculo para o público, que tem comparecido em bom número aqui no Guarujá”, finalizou Ágatha.