Talento comprovado aos 15 anos Foto: Paulo Frank |
A jogadora sergipana de vôlei de praia, Duda, de apenas 15 anos, foi convocada para integrar-se à Seleção Feminina Adulta de Vôlei de Praia para a disputa da etapa de Durban/RSA do Circuito Mundial.
Duda, nascida em 1º de agosto de 1998, já carrega a expectativa de se tornar um dos principais nomes do vôlei de praia brasileiro. Também pudera: neste ano, antes mesmo de comemorar o 15º aniversário, ela já se destacava em torneios internacionais contra atletas mais velhas: atuando ao lado de Thaís, 22 anos, ela foi prata no Mundial Sub-23 na Polônia; na sequência, compôs dupla com Tainá, que recentemente completou 18 anos, e faturou o ouro no Sub-21.
Aos 15 anos, porém, Duda reconhece que não pode largar mãos dos estudos. Para conseguir conciliar escola com vôlei de praia, ela conta com uma ajuda do colégio no qual está matriculada, em Aracaju, e é autorizada a fazer provas quando retorna de viagem. Quando não está na cidade, intensifica os estudos por meio dos livros didáticos.
No entanto, torna-se necessário abdicar de algumas coisas comuns a adolescentes, como festas e passeios com amigos. “Abri mão de muitas coisas, só dos estudos que não. Mas estou no vôlei porque gosto e tenho que seguir em frente”, disse.
Mãe e treinadora de Duda, a ex-jogadora Cida foi quem iniciou a menina no vôlei de praia aos 8 anos. Mas desde cedo percebeu que a garota se destacava das demais amiguinhas e tinha um futuro promissor pela frente.
“Acredito que, mesmo se eu não tivesse feito isso, ela seria jogadora do mesmo jeito. Acho que nasceu com esse dom”, apontou Cida, que reforça a necessidade de a filha saber conciliar a profissão de atleta com os estudos. “É um pouco complicado que ela faça tudo que o pessoal da idade dela faz, mas estamos tentando ajeitar. Só quero que ela continue estudando. Com o tempo vamos adaptar, mas sem muita pressão. Ela tem que passar pela fase da adolescência também”.
Elogios de quem sabe
Emanuel, 40 anos e que disputou as 23 edições do Circuito Banco do Brasil na história, também fala com esperança sobre Duda – que nasceu depois de o paranaense ter disputado uma Olimpíada pela primeira vez, em Atlanta 1996. O veterano também reforçou a importância de Cida no desenvolvimento da garota.
“Tenho visto a Duda treinando em Saquarema e ela está muito segura para jogar com adultos. Mostra que tem gente trabalhando esse lado emocional dela. Não é simples, com 15 anos, você ter essa naturalidade toda. A mãe dela tem um papel fundamental: foi uma jogadora muito talentosa e ensinou tranquilidade para a menina”, destacou.