Maria Clara/Carol e Taiana/Vivian seguem vivas na competição em Brasília (DF), mas terão que encarar a chave das perdedoras nesta quarta-feira, a partir das 8h
A terça-feira foi de 100% de aproveitamento para duas duplas brasileiras na primeira etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia (FIVB Beach Volleyball SWATCH World Tour). Juliana/Larissa e Talita/Maria Elisa venceram as duas partidas do dia, válidas pela chave principal, e voltam à quadra nesta quarta-feira, a partir das 8h, para tentar uma vaga nas quartas-de-final da competição. O torneio está sendo realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF), com entrada gratuita.Na primeira rodada, pela manhã, as pentacampeãs do Circuito e bicampeãs em Brasília, Juliana e Larissa, passaram com facilidade pelas russas Ryabova/Ushkova por 2 sets a 0 (todos os resultados abaixo). À tarde, elas voltaram à quadra central e bateram as italianas Cicolari/Menegatti por 2 sets a 1, com parciais de 21-14, 18-21 e 15-9. Se vencerem as duas próximas partidas, a parceria número um do país alcança as quartas-de-final. O primeiro desafio será contra as australianas Bawden/Palmer.
A mesma situação é a vivida por Talita e Maria Elisa, vice-campeãs do Circuito. Nesta terça, elas derrotaram primeiramente as alemãs Köhler/Sude em dois sets, para depois baterem Kuhn/Zumkehr, da Suíça, somente no tie-break. Na próxima rodada, nesta quarta, elas pegam as norte-americanas Fendrick/Hanson.
As outras duplas que seguem na competição, mas sem poder perder, são Maria Clara/Carol e Taiana/Vivian, que perderam uma e venceram outra partida durante o dia. Nesta quarta, elas se enfrentam, no primeiro duelo nacional da chave principal. Quem passar, terá ainda que vencer mais dois jogos no mesmo dia para avançar na chave das perdedoras.
A única decepção do dia para a torcida foi a eliminação da dupla formada pela brasiliense Ângela e pela carioca Priscilla, que passaram pelo country quota e pelo quali, mas acabaram perdendo os dois jogos da chave principal nesta terça. O primeiro contra as norte-americanas Walsh e May, por 2 sets a 1, e depois contra as tchecas Kolocova-Slukova, em dois sets.
O retorno de Walsh e May
As atuais bicampeãs olímpicas May-Treanor/Walsh foram, ao lado das brasileiras, a grande atração do dia. E elas não desapontaram os fãs brasileiros. Apesar de não jogarem juntas há mais de dois anos, desde a Olimpíada de Pequim 2008, as norte-americanas mostraram um excelente desempenho ao venceram as duas partidas do dia: primeiramente contra Ângela/Priscilla e depois contra as chinesas Y. Huang-Yue Y. Nesta quarta, elas voltam à quadra contra as chinesas Xue/Zhang X, cabeças de chave número 2 do torneio.
Aspas
Larissa
O dia foi ótimo. Estreamos bem a etapa, vencendo nossos dois jogos, que era nosso objetivo. Agora é ir para a fisioterapia e descansar para amanhã (quarta-feira). Ainda estamos nos adaptando à bola, que é diferente da do Circuito Banco do Brasil, mas a areia e o clima estão ótimos, então não temos do que reclamar. Vi que este ano, por causa da classificação, todas as duplas vieram muito bem preparadas, inclusive fisicamente.
Juliana
Fizemos nossa parte, que era vencer os dois jogos hoje, e continuar na chave dos ganhadores, que é o caminho mais rápido para o título. Agora temos que continuar desse jeito, focadas e fazendo nosso jogo. Treinamos muito e agora só estamos pensando em conquistar o tri-campeonato em Brasília.
Talita
Conseguimos alcançar nosso objetivo do dia, que era vencer os dois jogos, mas erramos muito, o que significa que podemos melhorar. A vitória não pode mascarar nossas falhas. Um fator que preciso melhorar para as próximas partidas é o bloqueio. Tenho que fazer a diferença nesse fundamento. Estamos focadas neste torneio, porque sabemos que o passaporte olímpico é carimbado a cada competição. Não podemos dar um passo maior que a perna. O Circuito está cada vez mais profissional, com duplas cada vez mais estruturadas, querendo muito chegar no topo.
Maria Elisa
Os erros de hoje realmente foram fora do comum, mas acho que eles são bem normais na situação que estávamos hoje, começando um ano tão importante quanto este, de classificação olímpica, e jogando em casa. De qualquer maneira, estrear com duas vitórias é um grande passo. Tivemos paciência nos momentos complicados e nos mantivemos unidas o tempo todo.
Vivian
Conseguimos nos recuperar na segunda partida do dia e agora precisamos entrar mais concentradas para conseguir avançar na chave principal. Nosso objetivo como time é ser uma das duas melhores duplas do país e ir para a Olimpíada. Hoje somos as quartas mais bem ranqueadas. Infelizmente essa briga vai ser contra brasileiras, o que torna tudo mais difícil.
Taiana
Nossa grande força é a motivação. Somos uma dupla nova (estão há menos de 1 ano) e isso só me motiva a melhorar a cada dia. Durante o ano passado, tive quatro parceiras. Isso pode parecer algo negativo, mas na verdade foi algo positivo, porque tive que me adaptar a vários estilos e situações. Evoluí a cada dia, com cada uma delas.
Ângela
Sempre entro com a cabeça de ganhar o torneio, por isso a sensação agora, depois de ser eliminada, é de frustração, ainda mais por estar em casa, perto da minha família e dos amigos. Mas não quero me cobrar muito, porque eu e a Priscilla não tivemos muito tempo de treinamento. Mas o bom é que acabei de fechar os detalhes com a minha nova parceira para o resto da temporada internacional. Jogarei com a Lili (que em Brasília jogou com Luana) as próximas etapas do Circuito Mundial.
Walsh
Não tenho palavras para dizer o quanto estou feliz por voltar a jogar o Circuito Mundial, principalmente aqui no Brasil. Estava sentindo muita falta desse clima. O bom é que estou na companhia dos meus dois filhos e posso curtir as duas coisas que mais amo na vida. Durante o primeiro jogo, me senti bastante nervosa, mas já no segundo me acalmei e meu desempenho melhorou bastante. Embora eu venha treinando desde janeiro, somente durante as competições é que vou conseguir me sentir mais confortável em quadra. Nosso objetivo é o terceiro ouro olímpico. Juliana e Larissa são ótimas atletas e adversárias. Hoje, elas são as melhores do mundo. Nós estamos trabalhando para voltar a ser.
May
Estou muito feliz de voltar a ter a Kerry (Walsh) a meu lado na quadra. Claro que ficamos muito ansiosa no começo, já que não jogávamos juntas há mais de dois anos. Mas vencer as duas partidas hoje nos deu confiança para seguir nesse caminho, corrigindo nossos erros e avançando na competição.
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