Maria Elisa se prepara para sacar: virada história ao lado de Ágatha sobre dupla americana |
Uma reação espetacular garantiu Ágatha e Maria Elisa
na primeira final da dupla no Circuito Mundial de Vôlei de Praia 2013.
Sem ver a cor da bola na primeira parcial, a parceria brasileira virou
sobre as vice-campeãs olímpicas Kessy e Ross (parciais de 15/21, 21/13 e
15/12 e garantiu presença na decisão do Grand Slam de Corrientes, na
Argentina. Em busca do ouro, as duas enfrentarão as holandesas Meppelink
e Van Gestel, enquanto Maria Clara e Carol lutam pelo bronze. O SporTV3 transmite a disputa por medalhas a partir das 19h30m (horário de Brasília).
Reação espetacular diante das vice-campeãs olímpicas
Estados Unidos sobraram em quadra no início da partida. Kessy e Ross
atropelaram Ágatha e Maria Elisa e, contando ainda com erros das
brasileiras, abriram seis pontos de vantagem em 9 a 3. As brasileiras
passaram a arriscar mais no saque e no ataque e melhoraram no jogo. Não
foi o suficiente, porém, para reverter o panorama da parcial, que Kessy
fechou em 21 a 15.
Pressionada, a dupla brasileira largou acelerada no segundo set e
assumiu a frente do placar. Muito bem na defesa no fundo de quadra,
Maria Elisa organizou os contra-ataques e comandou a arrancada, levando o
placar 10 a 6. Em desvantagem, as americanas passaram a reclamar com
frequência das marcações da arbitragem. As queixas não renderam frutos, e
as brasileiras dispararam: 15 a 8. Kessy e Ross ensaiaram uma reação e
reduziram a distância para apenas quatro pontos, mas uma diagonal de
Ágatha levou o jogo para o tie-break: 21/14.
Embaladas, as brasileiras saíram na frente e, em boa recuperação de
Ágatha, abriram 6 a 2. Aos poucos, porém, Kessy e Ross foram cortando a
vantagem verde-amarela. Quando Ross parou o ataque de Maria Elisa e
empatou o jogo em 9 a 9, as brasileiras pediram tempo. O placar seguiu
parelho e, no momento decisivo, Ágatha e Maria voltaram a deslanchar. A
atleta fluminense, com uma bomba na diagonal, selou a classificação com
vitória em 15/12.
Holandesas derrubam Maria Clara e Carol
Maria Clara e Carol abriram 2 a 0, mas o bom bloqueio de Meppelink
selou a virada holandesa em 6 a 5. Uma série de erros das brasileiras
quase deixou o placar escapar, mas um bloqueio de Carol igualou em 14 a
14. As cariocas aproveitaram o bom momento, pressionaram e forçaram
vários erros das rivais. Quando marcaram 19 a 17 em bola fora de Van
Gestel, as europeias pediram tempo. Maria e Carol desperdiçaram três
sets points e salvaram mais três. Mas, no bloqueio, Meppelink encerou a
parcial em 26/24.
O segundo set começou tão disputado quanto o primeiro, mas teve ânimos
mais quentes. O que seria o ponto da virada brasileira em 6 a 5 gerou
polêmica com a arbitragem e a torcida. A bola estava em jogo e, ao bater
na rede, Carol tocou nela com a mão. O segundo árbitro assinalou a
irregularidade, e o primeiro árbitro deu o ponto para a Holanda. Após
muita reclamação brasileira, a dupla levou cartão amarelo. Entre vaias e
aplausos, Maria chamou a torcida argentina nas arquibancadas.
Van Gestel e Meppelink comemoram vitória no tie-breal sobre as brasileiras Carol e Mª Clara (Foto: FIVB) |
Abaladas, as irmãs ficaram três pontos em desvantagem. Van Gestel
mandou uma diagonal para fora e cedeu o empate, mas Carol retribuiu o
presente com um saque na rede. Quando o placar marcava 15 a 11, as
brasileiras engataram uma reação surpreendente. Meppelink e Van Gestel
se alternaram nos erros, pediram tempo, mas viram o set escapar. No
bloqueio, Carol levou o jogo para o tie-break: 21/18.
A parcial decisiva começou parelha e com um susto. Ao tentar defender,
Carol mergulhou nas placas de publicidade e machucou o braço direito.
Após dispensar o atendimento médico, a carioca voltou ao jogo. Bem nos
contra-ataques, as holandesas deslancharam. Em bola de xeque, as atuais
líderes do ranking da temporada fecharam o jogo: 15 a 10.