Duda foi campeã mundial sub-19 ao lado da parceira Tainá |
Destaque para a sergipana Duda, campeã mundial aos 14 anos. E mais: com o novo torneio criado pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB), o Mundial Sub-23, ela teve a chance de se tornar a primeira atleta no mundo a disputar os três Mundiais de base no mesmo ano. Assim, Duda, que já completou 15 anos, é a nossa personagem para fazer uma análise da temporada que se encerra nesta terça-feira (31.12). Confira:
MUNDIAL SUB-23“Chegava da Itália quando me ligaram falando que a Rebecca não jogaria mais o Mundial. Tudo aconteceu muito rápido e de repente. A CBV me convocou e liguei para minha mãe para saber o que ela achava. E nunca tinha jogado com a Thaís. Nossa estreia era à tarde e só treinamos pela manhã, praticamente um bate-bola. A Thaís chegou a comentar que seria difícil jogar com uma menina de 14 anos. Mas deu química e vencemos o primeiro jogo, que foi relativamente fácil, contra uma dupla da Letônia. Passamos em primeiro do grupo. Aí, focamos e fomos avançando. Chegar na final já foi um prêmio, ao vencermos uma partida muito complicada contra o Canadá, com um 23/21 no tie break. Na decisão, perdemos de virada para um time da Alemanha.”
MUNDIAL SUB-21“Cheguei mais empolgada depois da prata no Mundial Sub-23. A gente sempre pensa em chegar longe, sabíamos que tinhamos chance. Mas o nivel foi muito alto também. Além disso, era o primeiro Mundial da Tainá. E acabou sendo um bom treino para nós duas visando ao Mundial Sub-19. Fomos eliminadas no tie break das oitavas de final por um time muito bom da Alemanha. Já tinha enfrentado uma delas no Mundial Sub-19 do ano anterior e tinha vencido, ao lado da Drussyla. A Polônia, a Rússia e a própria Alemanha são os adversários mais complicados na base hoje.”
MUNDIAL SUB-19“Coloquei na minha cabeça que seria campeã, ainda mais depois de ter presenciado Alisson e Guto serem campeões no Mundial Sub-21, ouvindo o hino nacional. Eu e Tainá formamos dupla há um ano e nossa melhor fase juntas acabou sendo no Mundial. Vencemos todos os jogos sem perder um único set. Nossa partida mais difícil foi contra a Holanda, pela fase de grupos. Em Saquarema, eu já tinha dito para o Julio Kunz (auxiliar técnico) que seríamos campeãs. Mas percebi que iríamos longe, mesmo, quando passamos das oitavas. O momento do hino foi lindo demais. Era o meu maior sonho. Pensei em tudo pelo que passamos para chegar até ali.”
EXPECTATIVA PARA 2014“Aconteceu de tudo em 2013 pra mim, na base e no adulto. Acho que continuo na base e com chances no adulto. Mas preciso melhorar mais, crescer como atleta. Temos sempre alguma coisa para ajustar. Nunca podemos achar que está tudo perfeito. Sigo passo a passo.”