terça-feira, 30 de agosto de 2011

'Cangaceiro' é esperança de medalha no Mundial Sub-21 de vôlei de praia

Paraibano Vítor Felipe vai levar ao Canadá a supertição de sempre usar no final dos jogos um chapéu de cangaceiro, peça típica do folclore nordestino

víctor e álvaro (Foto: Divulgação)
Supertição começou quando Vítor jogou circuito ao lado de Álvaro 
O paraibano Vítor Felipe é considerado a maior aposta brasileira no Campeonato Mundial Sub-21 de Vôlei de Praia. A pressão de ser o grande nome na disputa que começa nesta quarta-feira, em Halifax, no Canadá, tem uma explicação: Vítor chegou às finais nos dois últimos anos, mas deixou o título escapar jogando ao lado do também paraibano Álvaro Filho.

O parceiro estourou o limite de idade para a categoria, mas Vítor terá uma terceira chance de conquistar a sonhada medalha de ouro. Agora formando parceria com Marcus Vinícius, com quem venceu a etapa do Guarujá do Circuito Brasileiro Sub-21 e ficou em quinto lugar na Universiade, disputada na última semana, na China.

- Este é meu último ano na categoria e lutarei com todas as minhas forças para ganhar o ouro. Bati na trave nas duas últimas temporadas e quero muito este título para dedicá-lo ao Álvaro, que foi meu parceiro em 2009 e 2010. As principais duplas do mundo treinam para este torneio, pois é o que vale o título mundial, então manter a concentração é muito importante - acredita o paraibano.

Se não bastasse a experiência, Vítor também leva para o Canadá um talismã. Ele estará com um chapéu de cangaceiro, que virou marca registrada da dupla com Álvaro. A peça, típica do folclore nordestino, foi assumida no início deste ano, quando Álvaro e Vítor disputavam torneios na Europa.

O paraibano lembra como a história da "dupla cangaceira" começou:
- No fim de cada treino lá em João Pessoa a gente dizia que só um cangaceiro para aguentar o ritmo tão forte. Daí surgiu a história de que precisávamos de um chapéu de couro - explicou.

Meses depois, veio a surpresa em meio a um torneio que a dupla disputava pelo Circuito Sueco.
- O pai de Álvaro mandou o chapéu pelo correio e aí passamos a usá-lo cada vez que subíamos no pódio. Deu certo e ficamos até conhecidos na Europa - brinca o cangaceiro Vítor, que venceu dois torneios na Suécia, um na Noruega e outro na Suíça. Supersticioso, decidiu levar o chapéu para o Mundial também como forma de homenagear Álvaro.

No feminino, a dupla que vai representar o Brasil no Mundial do Canadá é formada pelas cearenses Rebecca e Carolina.

O Brasil é o recordista de medalhas na história do Campeonato Mundial sub-21, com 16 pódios - bem à frente da Holanda, a segunda colocada do ranking, que faturou apenas seis medalhas. Seis duplas já foram campeãs no feminino – Maria Clara/Shaylyn (2001), Juliana/Taiana (2002), Taiana/Carolina (2004), Carolina/Camillinha (2005), Carol Aragão/Bárbara Seixas (2006) e Lili/Bárbara Seixas (2007). No masculino, foram três: Anselmo/Pedro Cunha (2001), Pedro Cunha/Pedro Solberg (2003) e Pedro Solberg/Bruno Schmidt (2006).

* GE