Alison e Emanuel lideram o ranking mundial com 5.260 pontos, 200 a mais que os americanos Rogers e Dalhausser, vencedores da última etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, em Quebec City. Os brasileiros não competiram nas areias canadenses. Preferiam seguir no Rio, onde treinaram. Para eles, é a hora de "se reinventar", mudar pontos no sistema de jogo, para seguir à frente dos adversários - e surpreendendo na quadra.
- Temos que estar sempre mudando alguma coisa no nosso sistema de jogo, criando coisas novas, porque todo mundo se estuda muito no Circuito Mundial. E isso nós só conseguimos fazer no Rio de Janeiro, na nossa quadra, onde podemos testar e aprimorar tudo isso - afirmou Alison.
Alison e Emanuel têm 200 pontos a mais que os americanos Rogers e Dalhausser (Foto: Divulgação/FIVB)
A dupla número 1 do mundo estreia, nesta quinta-feira, no Grand Slam de Stare Jablonki, a nona etapa masculina do Circuito Mundial. Com cinco títulos (Praga, Grand Slams de Pequim, Gstaad e Moscou, e Campeonato Mundial de Roma), além do vice-campeonato em Brasília, a parceria, cabeça de chave número 1, vai em busca de mais um bom resultado na corrida por uma vaga para as Olimpíadas de Londres-2012.
No Circuito Mundial, a etapa de maior pontuação é o Campeonato Mundial, realizado a cada dois anos. Em seguida, vem o Grand Slam. A de menor importância (e pontos) é o Open (como a de Quebec City, da qual Alison e Emanuel abriram mão).
Tetracampeão em Stare Jablonki (2008/2007/2006/2004), Emanuel ressaltou a importância de passar a semana no Rio, onde o time aproveitou para descansar e, claro, treinar.
- Essa semana no Rio de Janeiro foi importante, estar em casa, ao lado da família, bom para recarregar as energias e voltar mais fortes para essa sequência do Circuito Mundial. Tivemos um período muito desgastante até Moscou e esse retorno, além de programado, era necessário, para dar um descanso para o corpo e para a mente - comentou Emanuel, que luta para estar nas Olimpíadas pela quinta vez.
Estreia na Polônia
Depois de uma semana de treinos nas areias da praia do Cabo Branco, em João Pessoa, Ricardo e Pedro Cunha também estreiam em Stare Jablonki. Formada a partir da notícia do doping de Pedro Solberg - suspenso preventivamente pela FIVB após teste positivo - a dupla deixa de lado a polêmica e se concentra num bom resultado na arena polonesa.
Dono de três medalhas olímpicas (ouro em Atenas-2004, prata em Sydney-2000 e bronze em Pequim-2008), Ricardo, que busca o penta em Stare Jablonki (2008/2007/2006/2004), aposta na conversa para compensar a falta de entrosamento, enquanto Pedro Cunha, vice-campeão na Polônia em 2006, está ansioso para voltar a jogar.
- Estou muito animado, especialmente por dois motivos: primeiro, claro, porque é vai ser a minha reestreia, estava com saudade já de jogar, e, segundo, porque vou jogar o meu torneio preferido e ao lado do Ricardo, um dos maiores jogadores do mundo - afirmou ele, que ficou parado cerca de um mês e meio por conta de um estiramento na coxa esquerda, lesão sofrida no Grand Slam de Pequim e que o deixou fora do Campeonato Mundial.
- Estamos muito concentrados para essa etapa. Treinamos num ritmo forte, conseguimos evoluir muito em apenas uma semana, e vamos tentar fazer valer a qualidade individual, a experiência do nosso time, para buscar um bom resultado. Quando se forma uma parceria assim, em cima da disputa de uma etapa, a conversa acaba ajudando, a gente tenta acertar alguns detalhes no papo, para colocar em prática isso na quadra e estou confiante - afirmou Ricardo.
Além de Alison/Emanuel e Ricardo/Pedro Cunha, mais duas duplas brasileiras disputam a etapa masculina: Márcio, ex-parceiro de Ricardo, retoma a dupla com Benjamin, com quem jogou de 2000 até 2004, e Thiago/Harley.
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Sportv e o Sportv2
transmitem as semifinais e a final feminina neste sábado, a partir das 6h (de Brasília), e a semifinais e a final masculina neste domingo, a partir das 6h (de Brasília), com narração de Clayton Carvalho e comentários de Sandra Pires.
*GE